segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Amor e Alma

 A minha geração está sentada em um banco de praça. Vários deles estão ali, tratando de seus assuntos pendentes e daquilo que convém para suas noites de liberdade afora. Mas eu conheço estas pessoas, eu sei que sensação elas têm quando chegam em casa e se deparam com a mesma coisa que deixaram na noite passada, no final de semana que se foi e de tudo aquilo que continua do mesmo jeito que deixaram. Eu escuto essa melodia há tempos pra saber o bastante. Pra compreender que a maioria está a espera de algo que preencha o vazio que sentem.

 E a culpa disto acontecer e escondermos, está no mesmo lugar que sempre esteve. No vácuo. Na inexistência. Pois não existe. A verdade é que não há culpa. Há lacunas que foram se formando enquanto estas pessoas perdiam suas noites, perdiam suas palavras, perdiam sua nudez e sensatez. Perdiam a memória na embriaguez, perdiam enquanto tentavam ganhar sorrisos falsos para si, enquanto beijavam o maior número de pessoas que podiam e se enganavam com a felicidade momentânea que tudo ao redor lhes proporcionava. Tudo perdido para simplesmente tentarem chegar à um “amor”, uma alusão à felicidade. Aquele “amor” avassalador que chegaria à cavalo, e que lhe roubaria toda a dor, aquele que lhe levaria até o alto da maior montanha existente e então ali beijariam e jurariam amor eterno.

 Esse amor é o que eu não acredito. Pois se amassemos assim, de verdade, não esperaríamos nenhum segundo até que fizéssemos tudo aquilo que esperamos a vida toda para que alguém viesse e fizesse á nós. Essa é a espera que poderia acontecer a vida toda e só acabar no último instante que inspirássemos. E nisso, não há liberdade alguma. Às vezes todos têm vontade de desaparecer, de realmente amar e ser amado, de encontrar alguém para se perder, e principalmente alguém para que possam dizer o velho e inevitável Eu te Amo. O que resta não é esperar, não é correr atrás, nem nada assim. Resta escutar o coração pulsar e ir adiante através da monção, seja para amar aqueles que se têm, ou para encarar a dor de jamais ter encontrado aquela pessoa.

Final Alternativo:
 Esse amor é o que eu não acredito. Pois se amassemos assim, de verdade, não esperaríamos nenhum segundo até que fizéssemos tudo aquilo que esperamos a vida toda para que alguém viesse e fizesse á nós. Essa é a espera que poderia acontecer a vida toda e só acabar no último instante que inspirássemos. E nisso, não há liberdade alguma. Não há nada além daquilo que conseguimos ver, sentir e pensar sobre. Mas há alguém que te esperou a vida toda para que quando você lesse isso daqui, você soubesse que não está sozinho em suas madrugadas de prantos. Para que você soubesse que há alguém que lutou por te amar e que morreu para você. E principalmente, para que você soubesse que não está sozinho quando sentir que precisa de encontrar alguém para viver ao seu lado, durante toda a sua vida.
 PS: Esse alguém só está a sua espera, aguardando pacientemente sua mudança.

9 comentários:

Anônimo disse...

perfeito.

Ellen Regina - facetasdemim disse...

Gostei do início do texto, a estruturação, os argumentos, exemplos reais, estava quase tudo indo bem até q o final ficou bastante clichê. Não fosse por isso...

Ariane Carreira disse...

Em meu caso sou quem espera.

Duda de Oliveira disse...

Eu sou aquela que não espera e nem corre atrás. Que seja.
Muito bom teu texto, mas cuidado com as crases.
Um beijo.

Yaas disse...

seu blog tbm é muito bom.
beijos :*

Anônimo disse...

Alguém andou escutando muito Toquio Hotel por aí...

Amor é um assunto recorrente por aqui. E vc está certo mesmo...

Bárbara Lemos disse...

Um pouco de clichês... mas não é disso que a vida é feita? Risos.

Está amando, moço?

Darshany L. disse...

oi, seu blog é bem legal também.

Alessandra disse...

É o que todos nós desejamos ...E o que todos nós deveríamos ter em mente ,porém é o que todos nós não presenciamos com facilidade o amor verdadeiro entre um homem e uma mulher ...
gostei .......

http://bessaforbidden.blogspot.com/
té mais