quarta-feira, 28 de maio de 2008

Real

O que eu te diria, se eu sentisse que precisasse te dizer algo? Até se eu dissesse algo, mesmo sabendo que você nem me escutaria, o que eu poderia dizer? Oh, talvez eu pudesse morrer tentando... Isso seria certo? Se eu tivesse dito 'não' quando você se indagou sobre 'nós', teria sido mais confortável pra mim quando acabássemos? Você fez de nós um jogo de virtudes jogado fora. Não culminaríamos por dentro se eu não fosse um anoético afetado e com tão pouca analogia a quem você realmente almejasse, não é?! Eu não sou quem você ilustrava com o lápis na sua imaginação. Isso era real? Se algo tivesse sido realmente definido, estaríamos afastados? Oh, talvez eu pudesse sobreviver sem respostas... Mas este foi um beco-sem-saída. Não foram mil lágrimas que eu derramei, nem chegaram a ser lágrimas... Foram apenas reflexões, reflexões e... Idem. Agora, o que resta da minha vida? Oh, diante desses amores platônicos, perdas, monstros internos e batalhas cotidianas... Talvez bem, algum dia a gente volte a se olhar como quem nunca se viu antes...

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